Altemar Alcantara/Semcom/Prefeitura de Manaus
Altemar Alcantara/Semcom/Prefeitura de Manaus

Número sobe para cerca de 280 mil quando incluídos avós e outros cuidadores; especialistas pedem política nacional permanente de cuidado pós-pandemia

A pandemia de Covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes no Brasil sem pai, mãe ou ambos entre 2020 e 2021, os anos mais letais da crise sanitária. Considerando ainda avós e outros adultos responsáveis pelo cuidado diário, o contingente de jovens afetados chega a aproximadamente 280 mil. As novas estimativas consolidam análises nacionais recentes sobre orfandade e morte de cuidadores associadas à Covid-19.

O que os números mostram

  • 149 mil crianças e adolescentes perderam pai, mãe ou ambos por Covid-19 em 2020–2021.
  • Outras ~135 mil perderam um cuidador familiar não parental (como avós) no mesmo período.
  • O total de menores afetados por morte de cuidadores (parentais e não parentais) soma ~284 mil.

Quem são os mais vulneráveis

Levantamentos indicam maior incidência entre famílias de baixa renda, mães solo e lares multigeracionais, nos quais avós têm papel central no cuidado. Entre as consequências, destacam-se risco de evasão escolar, insegurança alimentar, lutos complicados e agravos de saúde mental, além de maior exposição à violência doméstica.

Por que incluir avós e cuidadores importa

No Brasil, é comum que avós co-residentes e outros parentes assumam funções de cuidado cotidiano. A morte desses adultos provoca rupturas funcionais (acesso a serviços de saúde, alimentação, acompanhamento escolar) e financeiras (perda de renda e pensões), ampliando o impacto do luto sobre a vida das crianças.

O que defendem especialistas

  • Criação de uma política nacional permanente para órfãos da pandemia, articulando saúde, educação, assistência social e justiça;
  • Busca ativa nos cadastros públicos (CadÚnico, escolas, UBS) para identificar e acompanhar crianças e adolescentes afetados;
  • Apoio de renda e prioridade de acesso a serviços como saúde mental, reforço escolar, creche e transporte;
  • Segurança jurídica nas famílias substitutas (guarda/tutela) e celeridade na concessão de pensões por morte quando houver direito;
  • Financiamento estável e metas de acompanhamento para políticas de longo prazo.

E agora?

Com a consolidação das estimativas, entidades cobram que União, estados e municípios incorporem indicadores de orfandade em seus sistemas de informação e prevejam ações orçamentárias específicas. A meta é transformar respostas emergenciais em políticas contínuas, capazes de reduzir danos educacionais, emocionais e econômicos para uma geração marcada pela perda.

Fonte: EBC

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