(Foto: Reprodução/X)
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Ação batizada de “Contenção” mobiliza 2,5 mil agentes nos complexos da Penha e do Alemão; criminosos reagiram com drones explosivos e bloqueios de vias

A maior operação policial dos últimos anos no Rio de Janeiro, deflagrada nesta terça-feira (28), resultou em ao menos 60 mortos e mais de 80 presos em ações simultâneas contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte. O balanço foi atualizado ao longo do dia e tornou a ação uma das mais letais já registradas no estado.

Batizada de “Contenção”, a ofensiva reuniu cerca de 2,5 mil agentes de forças estaduais especializadas para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra lideranças do CV do Rio e de outros estados. Houve confronto intenso, com apreensão de dezenas de fuzis e veículos. Criminosos ergueram barricadas, promoveram incêndios e utilizaram drones com artefatos explosivos.

Como foi a ação

  • Foco territorial: Complexos da Penha e do Alemão, que concentram 26 comunidades e funcionam como eixos logísticos do tráfico de drogas e armas.
  • Força empregada: cerca de 2,5 mil agentes, apoio de helicópteros e blindados.
  • Apreensões: dezenas de fuzis, munições, rádios, veículos e motos usados para mobilidade rápida.
  • Reação criminosa: bloqueios de vias, ataques com drones e tentativas de dispersar o avanço policial.

Impactos na cidade

A intensidade dos confrontos afetou a rotina de bairros da Zona Norte: linhas de ônibus foram desviadas, escolas e universidades suspenderam aulas e houve transtornos no trânsito. Moradores relataram pânico e permaneceram abrigados em casa durante os momentos mais críticos.

Disputa de narrativas e pedidos de apoio

O governador Cláudio Castro afirmou que a situação extrapola a segurança urbana e defendeu reforço federal, inclusive com apoio das Forças Armadas. O Ministério da Justiça ressaltou a cooperação com o estado e ações integradas de inteligência. Organizações de direitos humanos cobraram transparência nos números e preservação de cenas de crime para perícia.

Alvos prioritários

Entre os procurados estão lideranças regionais do CV, além de operadores logísticos e financeiros da facção. A identificação e prisão desses alvos são consideradas estratégicas para desarticular comandos e asfixiar o financiamento do crime.

O que dizem os números (parciais)

  • Mortos: subiram de 18 (pela manhã) para 60+ no fim do dia, incluindo policiais entre as vítimas.
  • Presos: 80+ até a última atualização.
  • Apreensões: dezenas de fuzis e diversos veículos.
  • Efetivo: cerca de 2.500 agentes mobilizados.

Por que os dados mudam? Em operações de grande porte, balanços são atualizados ao longo do dia por diferentes órgãos. A consolidação oficial costuma sair horas ou dias depois, após identificação das vítimas, perícias e conferência de prisões e apreensões.

Próximos passos

As forças de segurança indicaram que novas ações devem manter a pressão sobre o CV, com prisões de foragidos, quebra de fluxos financeiros e retomada de territórios. A Defensoria Pública e o Ministério Público devem acompanhar procedimentos de perícia e a legalidade de abordagens, enquanto a prefeitura e o governo estadual monitoram serviços essenciais nas áreas afetadas.

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