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Reajuste de cerca de R$ 113 será calculado com base na inflação e no crescimento econômico; valor ainda pode ser revisado até dezembro

O governo federal apresentou ao Congresso Nacional, nesta sexta-feira (29), o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2026, que prevê um salário mínimo de R$ 1.631 a partir do próximo ano. O valor representa um reajuste estimado de 7,44% em relação aos atuais R$ 1.518.

Como foi calculado o reajuste

O índice de correção segue a fórmula instituída por lei, que considera a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. Apesar do PIB ter crescido 3,4%, a legislação limita o aumento real a 2,5%, o que levou ao valor proposto.

O que pode mudar até dezembro

O valor final do salário mínimo ainda poderá ser revisado em função da divulgação do INPC acumulado até novembro. Caso a inflação supere as expectativas, o governo poderá encaminhar ao Congresso uma atualização antes da sanção definitiva do Orçamento.

Impactos e relevância do reajusteO salário mínimo serve de referência para cerca de 59,9 milhões de brasileiros, incluindo aposentados, trabalhadores formais e beneficiários de programas sociais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O reajuste tem grande impacto fiscal: cada R$ 1 de aumento no salário mínimo representa aproximadamente R$ 400 milhões a mais em despesas obrigatórias por ano. Assim, a elevação de R$ 113 deve gerar impacto bilionário nas contas públicas, reduzindo a margem para investimentos em outras áreas.

Orçamento 2026: contexto mais amplo

Além da proposta de reajuste do salário mínimo, o PLOA estabelece meta de superávit primário de R$ 34,3 bilhões, o que equivale a 0,25% do PIB. As despesas primárias estão estimadas em R$ 2,428 trilhões.

Na distribuição dos recursos, o orçamento prevê R$ 245,5 bilhões para a saúde, R$ 133,7 bilhões para a educação e R$ 83 bilhões para investimentos, sendo R$ 52,9 bilhões destinados ao Novo PAC em obras de infraestrutura.

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