Fernando Frazão/Agência Brasil
Fernando Frazão/Agência Brasil

Avaliação Pré-Operacional é autorizada e coloca a estatal mais perto da licença final para perfuração na Margem Equatorial

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou a Avaliação Pré-Operacional (APO) da Petrobras para perfuração na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. A decisão, divulgada nesta quarta-feira (24), representa o último passo técnico antes da possível emissão da licença de exploração, documento que definirá se a estatal poderá dar início aos trabalhos na região.

A Foz do Amazonas é considerada uma das áreas mais sensíveis do litoral brasileiro e concentra um dos debates ambientais mais intensos dos últimos anos. A Petrobras tenta obter autorização para perfurar um poço exploratório a cerca de 175 km da costa do Amapá, em águas profundas.


O que significa a Avaliação Pré-Operacional

A APO é uma etapa que avalia:

  • capacidade de resposta da empresa a emergências ambientais;
  • testes operacionais de equipamentos;
  • simulações de contenção de vazamentos;
  • preparação das equipes responsáveis pela operação.

Com a aprovação, o Ibama reconhece que a Petrobras cumpriu todas as exigências técnicas relacionadas à segurança e ao controle ambiental para esta fase.


Licença ainda depende de decisão final

Apesar do avanço, a licença definitiva de exploração ainda não está garantida. O Ibama continuará analisando condicionantes ambientais, relatórios técnicos e questionamentos sobre impactos potenciais em ecossistemas sensíveis da Margem Equatorial — região rica em biodiversidade e próxima a áreas de influência do bioma amazônico.

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, já afirmou anteriormente que a análise sobre a perfuração é “complexa” e envolve uma série de riscos ambientais que precisam ser considerados com rigor.


Petrobras comemora avanço e reforça compromissos

A Petrobras classificou a aprovação da APO como um “marco importante” e reiterou que a empresa opera “dentro dos mais altos padrões ambientais e de segurança do setor”. A estatal afirma que a exploração na Margem Equatorial pode se tornar uma nova fronteira de petróleo e gás para o país, contribuindo para a segurança energética e para investimentos futuros.


Ambientalistas seguem em alerta

Organizações ambientais continuam críticas ao projeto. Especialistas apontam que:

  • a região possui correntes marítimas complexas e alta sensibilidade ecológica;
  • um eventual vazamento poderia afetar manguezais, espécies ameaçadas e comunidades costeiras;
  • há necessidade de mais estudos sobre impactos cumulativos na Margem Equatorial.

Apesar disso, a aprovação da APO indica que o Ibama considera, nesta etapa, que as condições apresentadas atendem às exigências técnicas estabelecidas.


Próximos passos

Agora, a expectativa recai sobre a decisão final do Ibama sobre a licença de exploração. Caso seja autorizada, a Petrobras poderá iniciar a perfuração do poço exploratório e dar continuidade ao processo de avaliação do potencial energético da região.

A decisão deverá movimentar discussões políticas, ambientais e econômicas nas próximas semanas.

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