Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Editorial destaca queda do desmatamento, reforço da fiscalização e novas fontes de financiamento; revista pede apoio internacional e políticas estáveis

A revista The Economist publicou um editorial defendendo que o mundo “aprenda com o Brasil” para salvar as florestas tropicais. O texto aponta a queda recente do desmatamento na Amazônia, o endurecimento da fiscalização e iniciativas de financiamento duradouro como razões para o elogio, ao mesmo tempo em que cobra apoio dos países ricos e consistência nas políticas internas brasileiras.

Segundo a publicação, preservar a floresta é economicamente racional — os custos sociais do desmate superam benefícios de curto prazo — e viável, desde que haja monitoramento eficiente, punição a crimes ambientais e incentivos econômicos à conservação. A revista afirma que outros países com florestas tropicais poderiam adotar modelos inspirados no caso brasileiro, ajustados às suas realidades.

O que a revista destaca no “exemplo brasileiro”

  • Queda do desmatamento em relação a picos recentes, associada a operações de fiscalização e coordenação federal.
  • Capacidade de conciliar expansão do agronegócio com controle do desmate, quando há governança, transparência e monitoramento por satélite.
  • Mobilização de financiamento climático, com destaque para modelos de fundos permanentes que pagam pela conservação ao longo do tempo.

As ressalvas e o contexto recente

Embora elogie a direção geral, a revista adverte que sinais contraditórios podem minar a credibilidade do país às vésperas da COP30 em Belém. Entre os pontos de atenção estão debates e decisões com impacto regulatório — como discussões sobre licenciamento ambiental e acordos setoriais do agro — vistos por ambientalistas como potenciais riscos se não houver salvaguardas claras.

Por que isso importa

A avaliação de uma publicação de referência no mundo dos negócios e das políticas públicas pode influenciar governos, investidores e filantropias a ampliar recursos para conservação. Ao mesmo tempo, a revista ressalta que consistência interna — leis, fiscalização e previsibilidade — é condição para transformar ganhos de curto prazo em resultados permanentes.

Próximos passos

Com a proximidade da COP30, o Brasil busca ancorar um plano de longo prazo que combine:

  1. Estabilidade regulatória e combate a ilícitos;
  2. Pagamento por desempenho na conservação (fundos permanentes);
  3. Inclusão produtiva de comunidades locais e povos indígenas;
  4. Cadeias livres de desmatamento no agro exportador.

Para a The Economist, o mundo tem muito a ganhar se esses pilares se firmarem no Brasil e forem replicados em outros países tropicais.

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